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Criticas

Mitteldeutsche Zeitung Halle (Claus Haake)

"Uma fascinante apresentação pianística por Marco Antonio de Almeida... através de um programa fora do comum de tres concertos para piano em uma noite Marco Antonio de Almeida brilhou em sua apresentação no Salão de Freylingshausen das Fundações de Francke. Sua interpretação fascinou através da harmoniosa união entre um ponderado conceito de configuração, uma técnica incrivelmente variável e simultaneamente elegante bem como uma alegria no fazer da música que imediatamente contagiava os instrumentistas acompanhantes.
A orquestra de câmera „Ensemble Momento Musicale“ sob a regência de Dorothée Stromberg, mostrou-se uma parceira ideal. Raramente é possível presenciar uma parceria tão íntima entre solista e acompanhamento como nesta noite: grande atenção para todas as nuances de configuração por parte de Almeida, precisão na execução de cada detalhe bem como uma atenção compenetrada para as passagens melodiosas.
Os concertos de Johann Sebastian Bach ( Fa menor), Joseph Haydn (Re Maior) e Wolfgang Amadeus Mozart (La Maior) soaram, apesar da ausência de oboés e trompas, como foram concebidos pelos seus autores, ou seja, transparentes, com todas as ênfases, virtuosidades e cheios de vivacidade. A transposição do cravo para o piano no concerto de Bach, que resultou em um som mais encorpado e denso certamente alimentará discussões sobre os prós e contras de tal prática. A bem sucedida apresentação, porem, representa uma contribuição corajosa e simpática para esta discussão.
O público festejou os artistas com aplausos entusiasmados e somente após três bises deu-se por encerrada a brilhante apresentação. A influência cultural da Universidade na cidade de Halle foi reforçada pela apresentação deste ilustre programa, cuja iniciativa e organização partiu de um importante docente de seu Instituto de Música e que ainda participou do evento como pianista. ".

Dresdner Neueste Nachrichten (Hartmut Schütz) 

"As características do Brasil" – No   Concerto de Encerramento do Festival para Piano de Dresden o público foi conduzido a um ambiente musical diferente. O pianista brasileiro Marco Antonio de Almeida, professor na Escola Superior de Música de Hamburgo e na Universidade de Halle, apresentou a música de seu país, que aqui na Alemanha, salvo algumas exceções, é pouco conhecida.
Almeida citou as raízes e relações com a Europa durante a época colonial portuguesa através de um discurso charmoso. Mostrou ainda, como, após a independência no século 19, surgiu um estilo próprio, um idioma nacional que integrava tanto as tradições musicais dos escravos africanos como o fado português. Esta tradição musical brasileira relativamente recente começa, portanto, no Romantismo e é correspondentemente progressiva.
O compositor Heitor Villa-Lobos expressou sua admiração por Bach nas “Bachianas Brasileiras”. O prelúdio sério e claramente baseado em Bach, não nega, contudo, através de uma entonação expressionista a época de sua criação. Almeida interpretou com uma franqueza envolvente este caráter musical muito próprio. Por outro lado “O carnaval das crianças” transborda de humor e ainda carrega consigo aspectos impressionistas – as pequenas cenas ao piano são contadas com amor para o detalhe, porem não deixando de mostrar também um toque de aspereza. Não deve ser somente uma anedota que Villa-Lobos compunha rodeado de crianças, ouvindo rádio e fumando um charuto.
Um dos compositores contemporâneos contemplados no programa foi Marlos Nobre, nascido em 1939, cuja “Homenagem a Arthur Rubinstein” aproveita virtuosamente a amplitude sonora do piano em escalas e passagens virtuosísticas. Representantes típicos da expressão nacional e da geração anterior foram Frutuoso Viana (1896 - 1976) e Camargo Guarnieri (1907 – 1993). Almeida apresentou com entusiasmo e energia adequada as peças de ritmo dançante impetuoso destes compositores. Mais alegres, influenciadas pelo “Ragtime” e lembrando a época do cinema mudo, mostraram-se as peças de Ernesto Nazareth (1863 – 1934) interpretadas com o brilhantismo necessário à sua apreciação. Diametralmente opostas são as “Valsas de Rua” de Francisco Mignone (1897 – 1986) cuja interpretação exige que “o piano chore” como explicou Almeida. O ideário da música brasileira também é explicitado pelas “Pequenas Peças” de Ronaldo Miranda (nascido em 1948) que mostram a influência das cores impressionistas de Villa-Lobos.
Para finalizar sua apresentação, Marco Antonio de Almeida interpretou a “Grande fantasia sobre o Hino Nacional” de Louis Moreau Gottschalk (1829 – 1869), uma peça que certamente é a face de todo brasileiro. Almeida foi ao encontro desta peça ao mesmo tempo pomposa e marcial, com fogos de artifício pianísticos situados entre Chopin e Liszt."

Mannheimer Morgen (Gerd Bischof)

"Canções ao piano... Substituir nem sempre significa solução emergencial, já que é possível obter-se um resultado agradável e surpreendente. Ao invés da programada apresentação do pianista convidado Victor Emanuel von Monteton em conjunto com a Orquestra de Câmera Heilbronn de Württemberg a „Direção de Concertos  de Mannheim“ conquistou e convidou  (conforme previamente anunciado em nosso jornal) o pianista Marco Antonio de Almeida. O pianista brasileiro não é um desconhecido, ele já havia sido aplaudido durante o Festival de Schwetzingen. O público, portanto, saudou calorosamente o „Substituto“ no Stamitz-Saal da Rosengarten .
 A sutileza na execução das três sonatas de Domenico Scarlatti, que abriram o concerto nesta noite, mostraram que Almeida é um músico que prescinde de quaisquer efeitos externos. Nunca deixou transparecer quanta agilidade digital e virtuosidade técnica são necessárias para uma interpretação tão borbulhante. As rápidas frases cintilavam como se fossem a música que acompanha um balé de sílfides.
 Não se podia desejar uma apresentação mais expressiva do que a dada à conhecida e frequentemente  interpretada Fantasia em Do Maior  Opus 17 de Robert Schumann. Nítidas pausas destacavam os diversos andamentos.  Apesar de uma interpretação capaz de perceber a sensibilidade da música, esta em nenhum momento tormou-se meramente sentimental. Os crescendos eram apresentados com energia porém sem se tornarem dramáticos o que certamente não combinaria com Schumann. Uma intimidade melódica dominou o terceiro movimento encerrando assim a Fantasia com a mais digna beleza sonora. 
O “Carnaval das Crianças“ uma fantasiosa e alegre seqüência de sete caprichosas peças de Heitor Villa-Lobos abriu a segunda parte do programa. O “Capricho de Pierrete“ encanta com suas piruetas cômicas. “O Sino do pequeno Dominó“ soa expressivo. Delicadas e sonhadoras são “As Aventuras do Pequeno Catador de Papel“ e  a “Gaita de um Jovem Precoce Disfarçado“. Rápidas e com muita vivacidade soam a “Grande cadência“ e “Polichinelo“. Estas peças, sempre com novas e surpreendentes evoluções, foram passando como um alegre e colorido baile de máscaras.
 Para finalizar o concerto, Almeida apresentou duas peças de Franz Liszt. O pianista manteve-se fiel ao seu fino estilo não sendo seduzido por nenhuma tentação para brilhantismos virtuosísticos. Tanto na interpretação da pouco conhecida “Funerailles“ como na raramente apresentada “Sexta Rapsódia Húngara“ não desconsiderou as tensões e os ataques temperamentais, mas tambem aqui o piano „cantou“. Ovações para um grande artista e três bises!

Die Welt, Hamburg (HOS)

"Almeida é um virtuoso completo, um músico sério, convincente. É uma das raras personalidades que, ao ouvirmos tocar, nos fazem esquecer a agilidade dos dedos a favor do resultado musical. O que determina a sua arte não é o temperamento incontido, mas sim a disciplina. Na última Sonata de Schubert -em Si bemol Maior, o mais íntimo e profundo dos cantos para piano-, o que mais nos impressionou foi a maturidade do seu talento pianístico e musical"..

Die Rheinpfalz (Gerd Kowa)

"Este pianista é, sem dúvida, uma personalidade singular: a leveza mágica da execução das cascatas de acordes em nenhum momento o fez ceder à tentação de ostentar virtuosismo.O elemento meditativo do tema manteve-se presente até mesmo nas culminâncias bombásticas do final. Almeida não é um “showman”, conforme ficou demonstrado no uso parcimonioso do pedal, bem como na opção em moderar a sonoridade, realçar as estruturas dançantes e conter o óbvio sentimental e poético. Em suma, de uma obra notoriamente “problemática”, ele realizou um estudo sutil de perícia pianística”. (Rachmaninoff, Concerto N° 3 )

FAZ Frankfurter Allgemeine Zeitung (GS)

"A “Rhapsody in blue” e o “Concerto em F” de Gershwin em sequência foram uma prova de resistência do pianista. Almeida deu conta do recado com superioridade técnica e visível satisfação nas partes mais gratificantes. Almeida é um elegante pianista, possuidor de muito tino para os pormenores rítmicos e sonoros”.

Nordbayerischer Kurier, Bayreuth (Erich Rappl)

“Uma noite fascinante. Almeida é um daqueles pianistas para os quais a melodia flui dos dedos com naturalidade; um músico que conquista os ouvintes e os convence através da exatidão e honestidade de sua interpretação. O público ficou encantado.”

Tagesblatt, Halle (Dr. U. Hermann)

"Seu estilo de interpretação foi uma mistura de simplicidade, objetividade e expontaneidade. Depois da comovente profundidade do “Larghetto”, o brilhantismo do “Final” foi de grande emoção. Standing ovations”. (Mozart, Concerto KV 595)“.

Hamburger Abendblatt (ZR.)

"A memorable performance. De Almeida immersed himself into Schubert's B major Sonata with supreme maturity. We were permitted to listen to a Schubert from its inner core. Being as gifted as he is, de Almeida can also allow himself to play less popular works (Villa-Lobos)“.

Main-Post, Bad Kissingen (KAT)

"As emoções e depressões de Mozart, o homem e o músico, expressas em suas cartas e sonatas. Marco A. de Almeida apresentou-se como um parceiro ideal para a oboista americana Anne Leek. Almeida encontrou a mescla exata entre delicadeza e autoconsciência e assim em nenhum momento encobriu o oboé mas sempre demonstrou que nas sonatas mais antigas (originalmente para violino) o piano tinha o papel principal. Resultaram assim interpretações de caráter altamente individual, leves e dançantes como no último movimento da sonata em La Maior, melancólicas como na sonata em mi menor ou então carregadas como na sonata em Si bemol Maior mas sempre encontrando o tom intimista de música de câmera.“

Hamburger Abendblatt (LE)

"Colocou sua habilidade pianística inteiramente à serviço da música. Disciplinadamente e sem afetação nos gestos, obteve resultados fascinantes. Nas “Variações op. 9” de Brahms, Almeida fez ressaltar o caráter nostálgico da obra, apoiado no seu esmerado toque e no sentido de beleza sonora. Lançou mão de sua estonteante habilidade técnica e do seu temperamento na “Rapsódia Húngara N° 6” de Liszt, desencadeando um verdadeiro furacão sonoro de colorido orquestral“.

O Estado de São Paulo, C. Filho, São Paulo - Brazil 

"An unforgetable Schubert B major Sonata"! .

Der Tagesspiegel, A. Forst, Berlin

"Uma estrela superior. Um excelente acompanhador nos “Romances” de Schumann. Começou Mendelssohn-Bartholdy como que improvisando, calmamente, meditativo, explorando. Almeida executou as passagens clássicas com a mesma propriedade de estilo com que executou as partes líricas. Não houve promoção pessoal. Assistimos, isto sim, a subordinação estrita da virtuosidade e da técnica às exigências da composição".

Mannheimer Morgen (W. Steger), Mannheim

“Um trabalho pianístico brilhante. Uma magnífica seleção da suas vastíssimas possibilidades.Admirável o forte não batido do pianista, sua articulação esmerada e seu gosto pela sonoridade cristalina”. (Ravel, Concerto em Sol Maior).

Ruhr-Nachrichten (T. Wiltberger), Köln

“As peças de inspiração impressionista “In einer Nacht op.15” (Em uma noite) de Hindemith, tornaram-se nas mãos de Almeida pinturas sonoras de forte poder sugestivo. O “fox-trot” foi executado com mão de mestre e muito à maneira de paródia”.